domingo, janeiro 11

Viva a Bélgica

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Porque generalizamos é grande o risco de que, temendo a sombra, deixemos de ser capazes de ver a luz.
Desde a chegada e a popularidade dos e-books ouve-se a modos de um hosana para esses, e um De profundis para o livro em papel que, dizem uns, está moribundo, e outros garantem tê-lo visto morto e enterrado numas quantas livrarias falidas.
Razão de sobra para nos alegrarmos com as boas notícias que chegam da pequena Bélgica, com as suas cento e setenta e duas livrarias, e onde um em cada três cidadãos lê anualmente para cima de vinte livros, dando de longe preferência ao papel. Mais de 40% dos belgas de língua neerlandesa não compra e-books, e dos 20% de flamengos que possuem um e-reader, 63% preferem a palavra impressa. É assim que de todos os livros vendidos na Bélgica em 2014 os e-books foram uns magros 3%.
Viva a Bélgica!
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PS. Diz-se no Kénia que a maneira  mais segura de guardar um segredo de Estado é metê-lo dentro de um livro.