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Alguém conhecerá a receita para conciliar o desejo de contacto com a quase certeza de que a troca de ideias acaba em banalidade e a conversa inteligente descamba para o mexerico?
É ou não espantoso o tempo que se gasta a fingir
interesse, abanando a cabeça em concordância, enquanto no íntimo aumenta o
esforço de conter o bocejo?
Conheço de sobra quanto fatiga o discurso dos que insistem
em explicar a política ou a economia, sabem em excesso de física quântica, ou
se exaltam a explicar as performances
de Marina Abramovic. Mas porque será que esses que tanto sabem não se compadecem
dos incapazes de voos assim altos?