Bom seria poder limpar o cérebro como se lava a cara, mas não há água nem sabão que ajude, e assim por nada coisa nenhuma toma-nos o azedume.
Queremos sossego, e em vez dele vêm os pensamentos aos trambolhões, a memória acirra o que desejamos esquecer, repisa o que nos afligiu, repete ad infinitum palavras que incomodaram.
Assuntos mesquinhos tomam proporções de nuvem negra. Uma banalidade faz disparar raivas. Envolve-nos que nem capote a tolice alheia, a desmesura das vaidades, a impertinência dos pequeninos orgulhos, a fanfarronice.