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Dois dias mais vem aí a cansativa, geral e automática
repetição de votos de Feliz Ano Novo, tão banalizada que desde o confeiteiro à
Caixa, do magarefe à Rosinha do quiosque, parece não haver instituição, máquina
ou ser humano que não nos deseje bem em particular e ao mundo em geral.
Parece, só que tirante um ou outro voto sincero e sentido, o
mais é automatismo, treta, refogado de boas intenções, pechisbeque, ladainha de moinho de
orações tibetano.
Claro que me sensibilizam os dos amigos, me comove a
sinceridade deste e daquele leitor, mas
votos de Feliz Ano Novo da Coca-Cola Company?
Do banco? Do supermercado? Dos pneus Michelin?