segunda-feira, dezembro 29

Feliz Ano Novo

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Dois dias mais vem aí a cansativa, geral e automática repetição de votos de Feliz Ano Novo, tão banalizada que desde o confeiteiro à Caixa, do magarefe à Rosinha do quiosque, parece não haver instituição, máquina ou ser humano que não nos deseje bem em particular e ao mundo em geral.
Parece, só que tirante um ou outro voto sincero e sentido, o mais é automatismo, treta, refogado de boas intenções, pechisbeque, ladainha de moinho de orações tibetano.
Claro que me sensibilizam os dos amigos, me comove a sinceridade deste e daquele leitor,  mas votos de Feliz Ano Novo da Coca-Cola Company? Do banco? Do supermercado? Dos pneus Michelin?