Há momentos em que é obra de caridade escondermos o que nos vai na alma, não dar voz ao desespero, ao cansaço de viver, poupar aos outros o negrume do abismo que sentimos próximo, a raiva da impotência, o medo do amanhã. Felizmente, em maioria somos bons actores, e de tanto termos ensaiado quando nos perguntam "Como vai isso?" respondemos "Tudo bem!" e soa verdadeiro.