Devem ser raros os que duma
forma ou doutra não têm, não tiveram, ou não irão sofrer aborrecimentos com o
Fisco, a maquinaria sem rosto que em todos os tempos e nações parece ter como função
predilecta e único propósito espoliar o cidadão, argumentando que é em nome da
lei.
Um exemplo histórico. Por
volta de 1940 viviam em Amesterdão à volta de 100.000 judeus, uns 10% da
população da cidade, dos quais 75.000 foram exterminados nos campos de
concentração.
Os que sobreviveram e no fim da guerra, em 1945, regressaram à
cidade, receberam imediatamente uma intimação para pagarem os impostos e as
taxas municipais em atraso de cinco anos, mais os respectivos juros.
Foi preciso esperar até 2015
para que o burgomestre Eberhard van der Laan (1955-2017)
ordenasse a devolução desse dinheiro à comunidade judaica.
Autoridades Tributárias?
O Senhor nos proteja!