terça-feira, janeiro 24

Tudo depende

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Uma companhia de transportes holandesa  recusou emprego a um chofer islamita, depois deste ter declarado que não apertaria a mão de colegas femininas, dado que a sua religião  lho proíbe.
Recorreu para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, instância que se celebra pelas posições politicamente muito correctas das suas sentenças, e como era de esperar este deu-lhe razão.
Agora que as eleições se aproximam, o primeiro-ministro Mark Rutte (foto) veio ontem declarar que a sentença era estapafúrdia, que quem vive na Holanda tem de respeitar as leis e as normas do país, caso contrário é ir de volta para donde veio.
Por ter perguntado numa reunião eleitoral, num café, se os presentes queriam mais ou menos marroquinos na Holanda, Geert Wilders  foi o ano passado levado a tribunal, acusado de apelar ao racismo e à discriminação.
Não são dois pesos nem duas medidas, tudo depende de quem o diz, não do dito. Também se pode deduzir que, com as eleições à porta, dá jeito mudar de casaca, e deitar mão aos argumentos dos “racistas”.