(Clique)
Uma companhia de
transportes holandesa recusou emprego a
um chofer islamita, depois deste ter declarado que não apertaria a mão de
colegas femininas, dado que a sua religião lho proíbe.
Recorreu para o
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, instância que se celebra pelas posições
politicamente muito correctas das suas sentenças, e como era de esperar este
deu-lhe razão.
Agora que as eleições
se aproximam, o primeiro-ministro Mark Rutte (foto) veio ontem declarar que a sentença
era estapafúrdia, que quem vive na Holanda tem de respeitar as leis e as normas
do país, caso contrário é ir de volta para donde veio.
Por ter perguntado
numa reunião eleitoral, num café, se os presentes queriam mais ou menos
marroquinos na Holanda, Geert Wilders foi o ano passado levado a tribunal, acusado
de apelar ao racismo e à discriminação.
Não são dois pesos
nem duas medidas, tudo depende de quem o diz, não do dito. Também se pode
deduzir que, com as eleições à porta, dá jeito mudar de casaca, e deitar mão
aos argumentos dos “racistas”.