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Vamos repetir, porque nunca é demais: temos na internet um imenso
bem. E quando digo temos falo de você, de mim, dos portugueses todos, e também dos
manchus, esquimós, indianos, dos brasileiros descendentes dos tupinambás, da
Rita que mora em Hong Kong, do Azevedo que trabalha em Nancy. Em resumo: de todo o bípede racional que possui um
computador e, através dele, se sente ligado ao mundo. E não é ilusão, não, está
mesmo ligado, certeza que a mais do que um lhe destrambelha o raciocínio e
torna, às suas horas, comentador político, sociólogo, terapeuta, activista dos
moinhos de vento, fanático do pequeno-almoço de frutos vermelhos, economista,
perito de surf, crítico literário.
Para esta derradeira espécie, o crítico literário amador,
seja homem, mulher, jovem ou geronte, vai o meu agradecimento, pois pouco há de
tão divertido como a seriedade com que se promovem a juiz do trabalho alheio.