Nem com estes nem com aqueles, que todos to prometem e asseguram mas de nenhum virá solução, porque se uma boa parte do mal está neles e continuará com eles, a tua só é menor porque esperas, não te revoltas, aceitas continuar a ser o capacho onde eles limpam as solas.
Vais votar, iludido de que talvez algo mude, e se não for desta talvez seja na próxima. Mas não muda. Começará a mudar no dia em que rejeitares o jeito, a cunha, o favor, o respeitinho, te rias dos Vossa Excelência, dos senhor doutor, exijas os teus direitos de cidadão, te convenças que pobre, rico, pedinte ou milionário para a lei teremos de ser todos iguais.
Ri-te dos selfies, das poses, da palhaçada. Perdes, e eles ganham, cada vez que te acobardas, aceitas que te espezinhem, finges não ver, suportas a desigualdade, te deixas iludir com promessas.
Não aguardes nem sonhes, que na tua geração nada mudará. Na dos teus netos talvez. Com eleições ou sem elas no futuro próximo os fantoches continuarão de mão estendida a pedinchar, fingindo que governam, tendo o país por quinta de bom rendimento e vendo em ti um servo da gleba.