Nos meados da década de 40, adolescente que se respeitasse lia muito, e de certeza John Steinbeck, Erskine Caldwell, Ernest Hemingway e William Saroyan. Os outros ficaram, mas a fama deste último, nascido na Califórnia de pais arménios, brilhou uns anos e logo se extinguiu como estrela cadente. Seja como for, quando aos dezassete o li impressionou-me a ponto de tentar escrever umas histórias à sua maneira. Palavras simples, enredo idem, optimismo, pequenas alegrias, o comezinho do dia-a-dia. A entrada de Somerset Maugham e Graham Greene nas minhas simpatias eclipsou a prosa deSaroyan. Até ontem, quando dei uma vista de olhos a este livro de contos seus, comprado no Porto em 1947.
Comecei a entristecer, mas logo me recompus: lida agora acho-a má, mas quem dera poder voltar aos entusiasmos e descobertas da juventude!