Como se afasta a gente de alguém de quem se gosta, a quem se reconhecem grandes qualidades, mas por motivos desconhecidos e com inconsciência infantil, repetidamente pisa o risco? Com que palavras dizer-lhe que, em todas as suas formas, o trato é sujeito a regras? De pais para filhos e vice-versa, entre amigos, amantes, no trabalho ou na rua, há que ter em conta os riscos invisíveis que delimitam o permitido do abuso, o gracejo da impertinência ou da atitude de mau gosto.
O saber quando se deve parar, que uns têm de nascença ou aprendem cedo, a outros, porque têm aquilo no feitio, nem uma éducation permanente dá remédio. Assim, com pena, nos vemos por vezes obrigados a perder o que gostaríamos de ter guardado.