À Madame Gaffe das Avenidas faço vénia, mas esta excelente surpresa agradeço-a ao Vítor, amigo que navega entre o Báltico e o Mar do Norte.
“Não entendo, meu queridíssimo António, imensas outras coisas que ignorou sem atender ao quanto lhe seriam úteis, mas admito que vai longo este meu rabisco e não o quero maçar mais, sobretudo agora que, em nome do fascismo nunca mais, não o deixam ter museu.
Permita apenas que lamente mais uma vez que não tenha percebido o quão inúteis foram as esconsas e sombrias ruelas de opressão, de repressão, de tortura, de traição, de tráfico de influências, de extorsão, de censura, de morte, de exílio, de prisões e de tantas outras pequenas maldades que foi cometendo no escuro, quando para castrar um povo, torná-lo impotente, espoliado, incapaz, inculto, desdentado, roubado, sem esperança, miserável, subserviente, acomodado, iludido e sem justiça, bastava, mesmo em pleno dia, uma democracia entregue a canalhas.”
https://agaffeeasavenidas.blogs.sapo.pt/a-gaffe-escreve-ao-senhor-doutor-873837