Aparece-me no Facebook um Ignaz Abramovic, amigo da Germaine, que é amiga da Sybille, que é amiga do Juanito, da Gunnarsdottir, do Simon, de mais não sei quantos, e quer o Ignaz tornar-se também, já já, meu amigo, saber já já o que estou a fazer…
Entre curiosidade, tolices involuntárias e simpatias alheias, pouco demorou a ver-me metido em mais redes sociais do que é aconselhável para o sossego do espírito.
O ver-me metido, porém, é um eufemismo, já que me encontro lá como sombra inactiva, e não tenho intenção de me tornar amigo de sicrano e beltrano.
Isto dito, ocorre-me como seria fácil ironizar sobre os que agarram o que podem em busca de um afecto. Mas como lhes poderia eu atirar a primeira pedra? Será que já esqueci, que quero esquecer, a que desesperos leva a solidão?