Na noite de Consoada éramos doze à mesa, onze iPhones - eu o único carente – e tanto, tão bem se comeu, bebeu, festejou, que pouco dei conta do que acontecia.
Nos dias a seguir não tive tempo para ver mails, mas ao fazê-lo esta manhã só não
caí de costas porque a idade me impede esse modo de expressão: em nove links era quase milhar e meio de maus,
péssimos e falhados instantâneos, a dizer algo sobre o entusiasmo festivo dos
convivas, e muito acerca do seu grau de sobriedade. Olhei por alto, descartei, que mesmo de mim
se não pode esperar paciência para tudo.
No bom tempo gastava-se um rolo de filme preto e branco,
iam as fotografias para o álbum, ficava a recordação. Hoje, com a mesma
facilidade que se clica para registar, clica-se para destruir, e bem é que
assim seja: lixo temos de sobra.