Digo-lhe que me irrita, sobretudo porque é incómodo, ler um texto impresso em letras pretas sobre um fundo azul escuro, ou um texto cujas linhas “ondeiam” pela página, ou têm fotografias ou desenhos como fundo.
Ela acha que não e retorque que tudo isso, que me parece desnecessariamente modernista e pretencioso, é o imprescindível desenvolvimento que anuncia o nosso futuro.
- As aplicações da semiótica - afirma entusiasmada - tomarão primazia sobre a literatura. O futuro cabe aos sinais, não às palavras, e os ícones dos programas de computador são apenas um prenúncio das maravilhas que estão para vir.
Maravilhas? Devemo-nos felicitar de um dia comunicarmos como os surdos-mudos ou os sinaleiros?