É sempre assim e é bom que assim
seja, porque revela alguma coisa do que somos, do que fingimos ser e do muito
que escondemos. Vasco Pulido Valente faleceu, é pena, mas também interessante
pelo que revelam os ditirambos que lhe faz a nobreza na corte de Lisboa, o que se
compreende, pois foi lá que à sua e à maneira lisboeta olhou e ironizou sobre
Portugal e os portugueses, um país e uma gente que via de longe e pouco lhe
dizia, por não serem do seu meio nem da sua estirpe. Merece que o honrem, é de
esperar que exagerem, mas nada se perde em ler Henrique Raposo aqui.