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É interessante, mas está longe de ser novidade, o que anuncia a Transparency International, de Berlim, um organismo que estuda a corrupção.
Diz o seu relatório que mais de metade dos eurocomissários
que em 2014 legislavam em Bruxelas, são agora empregados como lobistas de
empresas internacionais. O mesmo acontece com um terço dos que então eram eurodeputados.
Nada contra, diz a Transparency International, desde
que não haja conflito de interesses. Mas é esse mesmo conflito de interesses que,
por exemplo, se constata nos 115 casos de políticos que foram trabalhar para a Google,
ou altos-funcionários da empresa americana que passaram para as instituições
europeias.
Durão Barroso, de quem se sabe que já durante o seu
mandato como presidente da Comissão Europeia mantinha contactos com a Goldman
Sachs, e a comissária holandesa Neelie Smit Kroes, agora na direcção da Uber,
são exemplares nesse desdém pela
aparência ou a realidade de que haja conflitos de interesses.