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acrescentando: "... Ao longo das gerações são sem conta as famílias portuguesas
em que há alguém como o triste protagonista de Montedor: rapaz sem
futuro, com um passado apenas de sonhos, arrastando-se num presente que é
uma verdadeira morte lenta. Malgrado a simplicidade das personagens e
das cenas, há no romance uma tensão permanente, e pode-se com verdade
dizer que quase cada página encerra um momento dramático ou antecipa uma
tragédia, a qual, talvez porque raro chega a acontecer, cria um
desespero cinzento, retratando bem, e cruamente, os medos e o sofrimento
da sociedade portuguesa, passada e presente."