sábado, dezembro 17

Jean Harlow

(1911-1937)
É hotel em que há quase duas décadas pernoito pelo menos quatro vezes por ano, e a chegada  acompanha-se sempre de suspense. Estará? Não estará? Se for sexta-feira provavelmente está, nos mais dias é questão de roleta.
Com o tempo deixou de ser choque, mas mantém-se a surpresa. Os franceses diriam dela que é petite, pois mesmo com tacões agulha mal passará do metro e meio, mas vê-se e mal se crê, obriga-se o hóspede a fingir que não repara numa perfeição que se espera em estátua de excepcional feitura, mas deixa de boca aberta o encontrá-la de carne e osso.
A opinião logo da primeria vez foi consensual: JeanHarlow! Mas Jean Harlow do séc. XXI, uma extraordinária síntese da beleza dos anos da minha meninice, do que foi e há muito não é, com a desenvoltura e o à-vontade do tempo de agora.
Sorri na recepção. À outra chamavam The Blonde Bomshell, esta é simplesmente Jean Harlow.