quarta-feira, junho 20

Solidariedade

No primeiro dia de escola, em meados de Outubro de 1939, a professora rezou connosco em voz alta um padre-nosso, e depois teve-nos ali perfilados e quietos, num minuto de silêncio “pela gente que sofria com a guerra.”
Nem ingleses, nem franceses, alemães, judeus, polacos ou russos. Simplesmente, como com gravidade disse, pela gente que sofria. E eu poucas vezes voltei a sentir um calor de solidariedade que se comparasse ao que conheci nesse momento dos meus nove anos.