![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWKdHMdFD5dc-T9mzzaFMTx9pNkqCXP_WdzMeE8FG4ndqVSSvnsDJEYtdLUAdIOyNAdZ69EFjELQ8nVsCY_d91cTxW8xnxpEq-wOZfeSv8znFn9RcplO5TFXTZqOVa6DMg8Ku7AWzMqe4/s320/Aspirador.jpg)
Almocei bem, podia ocupar o pensamento em coisas mais elevadas, mas acontece que de novo recordo que esta manhã, durante a tarefa que me cabe de ao sábado passar (passear) o aspirador pelo soalho, me vi-me de novo a pensar em Fernando Pessoa. A desconfiar de Fernando Pessoa.
Nele, como em Jorge Luís Borges, Joyce et allia, enterrados em panteões nacionais ou gozando da admiração particular dos seus aduladores, há talento e banalidade, mistificação, pieguice – são do juízo ninguém escreve daquelas cartas a Ofélia – malabarismo, doses generosas de nevoeiro.
Outros julgarão diferente, e não serei eu a querer que esses deixem de ver a luz, pois boa coisa é ter altares com figuras que incondicionalmente se admiram.