sábado, junho 13

Os ricos que paguem


Os ricos que paguem? Mas que ilusão é essa? Vais pagar tu, de várias maneiras e continuará a ser em moeda de lei, mas bem mais caro pagarás em liberdade, em dignidade, em paz de espírito, na perda do que ainda julgas legal, bom, garantido. Por enquanto parece só agitação, gritaria, vandalismo, uma quermesse de punhos estendidos e rostos desfigurados pela raiva e o ódio que sempre sentem os justos, os que decidem qual é o lado bom da barricada, aquele onde se defende a liberdade, igualdade, fraternidade da revolta e leva sempre ao mesmo resultado de opressão e tirania. Mas eles não o sabem nem lhes interessa saber, passam a História pelo filtro das suas ambições, das suas raivas, das certezas que lhes dá a ignorância e o fanatismo. São cegos que não querem ver, surdos que recusam ouvir, pena perdida querer mostrar-lhes a que gulags leva o caminho por onde querem ir e te vão levar. Toma nota dos furiosos que mais gritam, dos assanhados da igualdade, porque quando o tempo chegar verás que são eles os novos mandarins, na linha da frente das benesses e dos privilégios.
Os “revoltosos” do Paris 68 e do maoísmo encontraram todos onde se anichar, os seus filhos e netos provarão de novo que a luta pela “igualdade” é o melhor caminho para as regalias. E tu, meu pobre irmão, ainda vais a tempo porque isto é o começo, mas pagarás caro a teimosia de não quereres escolher o lado bom da barricada.