quinta-feira, junho 4

Logo de manhã cedo

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Serei o último a queixar-se do que anualmente pago entre seguros de doença, de casa, acidentes, férias, automóvel e mais. Do montante não adianta falar, porque das raras vezes que me aconteceu fazê-lo com quem vive em Portugal, notei nuns quantos a descrença e noutros a suspeita de um exagero vaidoso e tolo.
Pago sem discutir, porque embora o custo seja elevado dá-me descanso e paz de espírito.
Isso julgava eu até há poucas horas, quando recebi o aviso de que se for de férias seja para onde for e me acontecer cair doente em consequência do corona vírus, adeus garantias do seguro e descanso dos nervos, pois todas as despesas correrão por minha conta e risco: hospital, ambulâncias, médicos. tratamento, deslocações e o mais que vier será tirado do meu bolso, se entretanto ainda lá houver o que tirar.
A perspectiva dessa roubalheira é-me comunicada oficialmente com esta simplicidade: “Como o coronavírus entretanto se manifesta em vários pontos do globo (as suas consequências) não podem ser consideradas um acontecimento inesperado, pelo que não serão cobertas pela apólice.”