segunda-feira, janeiro 22

Orgulho

Mesmo os gémeos nunca são idênticos, e ainda bem, pois a menos que um meteorito esbarre com o planeta, ou uma catástrofe semelhante nos varra definitivamente dele, nunca faltarão razões de nos maravilharmos com o género humano e a infinita variedade dos seus sentimentos.
A do orgulho, por exemplo. Há o orgulho clássico de quem gerou um filho, plantou uma árvore ou escreveu um livro. O orgulho dos generais que venceram no campo de batalha e o orgulho dos que venceram na vida, dos que fizeram descobertas essenciais, dos que realizaram os seus sonhos. O orgulho dos heróis e dos capitães de indústria. O orgulho dos campiões, dos que aprenderam sozinhos a tocar trombone, dos especuladores, dos confeiteiros...
A senhora foi deputada. Boa ou má, competente ou nulidade, pouco interessa. O que me maravilha é a sua repetida afirmação de que se orgulha de que, no parlamento holandês, ninguém antes dela tenha proferido a palavra “cona”.