Li-o faz tanto tempo que releio agora, com a surpresa da novidade, o estudo biográfico que Stefan Zweig fez de Fouché, o homem totalmente destituído de carácter, o traidor e sobrevivente por excelência.
Uma citação: 'Les artistes n'ont toujours fait qu'accuser l'exil, comme une interruption apparente de l'essor, comme un intervale sans utilité, comme une cruelle rupture. Mais le rythme de la nature veut ces cesure violentes. Car celui-là seul connaît toute la vie qui connaît l'infortune.'
Pessoalmente e infelizmente conheci-os ambos, o exílio e o infortúnio, mas não creio que nem um nem outro me tenham ensinado a conhecer a vida. O mais que sei dela aprendi-o comparando-me aos meus semelhantes, descobrindo que nasci com os mesmos aleijões que a maioria também tem. Com uma diferença: eles parece que são capazes de ignorar os seus, mas os meus como que me doem a dobrar.