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Muito acontece quando
por acaso pego num livro esquecido e descubro que o li num tempo em que para
mim tudo eram descobertas e sonhos, dizendo-me que talvez também a mim o
destino levasse a ver as Arábias. Não levou, mas ao folhear agora "As
Portas do Sul da Arábia", olhando as páginas recordei com saudade o
falecido Theo Sontrop, meu amigo e o meu editor holandês, que se queixava um
dia que, questão de preço, tinha de mandar imprimir na Índia ou na Checoslováquia
os livros que editava, pois as tipografias poupavam na tinta e as letras já não
eram pretas mas cinzentas. O que continua a acontecer, basta abrir os livros
que agora se editam.