Gente que raro lava as mãos a desinfectar-se num frenesim à entrada do supermercado.
Uma mulher a coçar o nariz por baixo da máscara.
Um casal no restaurante, que enquanto espera pela sobremesa repõe as máscaras.
Ainda no restaurante: um homem espirra e olha em volta como se tivesse cometido um desacato. Também não falta quem o encare.
A patrulha da GNR veio à aldeia e vi gente a esconder-se porque estava sem máscara. "Não será obrigatório, mas nunca se sabe", disse-me o vizinho.
Uma amiga da minha idade vinha para me abraçar e de repente trava, estaca, os olhos marejados. Aproximo-me, ela recua assustada, ficámos ali distanciados a dizer banalidades.