Medianamente interessado vou seguindo as questões do
clima, da natureza, e afins. No semanário neerlandês Elsevier Weekblad há
anos que leio com atenção o que sobre esses temas escreve Simon Rozendaal,
cientista que me merece confiança. De um seu artigo publicado esta semana
traduzo o último parágrafo.
“As boas intenções e os desígnios ‘verdes’ podem ser perigosos.
Assim acontece que os partidários de uma transição rápida das fontes de energia não se
mostram interessados em aceitar o que é simplesmente lógico. Querem salvar o
planeta e estão convencidos de que isso é possível com os moinhos de vento e
os painéis solares. Se se lhes aponta que esses meios produzem resíduos
poluentes e que o seu rendimento é tão baixo que afectam a Natureza, respondem
eles: assim será, mas devemos salvar o mundo. É urgente. Não vês que o planeta
corre perigo? Temos o dever de encontrar soluções!
Esse é o aspecto aterrador das boas e das ‘verdes’ intenções:
o de impedir a visão da realidade. Pode-se comparar a alguém que anda a pregar
como se deve proceder, mas observa o mundo de uma maneira diferente da daquele
que constantemente mantém os olhos bem abertos.
Nada é simples. Sem boas intenções não se teria terminado
com a escravidão e o trabalho infantil. Mas actualmente as boas e ‘verdes’ intenções
dos alarmistas do clima destroem mais do que para nós e para eles é benéfico.”