Milhões, poder, sexo. São essas as fortes molas que, pouco depois do berço até que a luz se apaga, nos fazem correr. Mas possuindo tudo isso, ou arrastando-nos na esperança de que nos caibam umas migalhas, queremos ainda, e sobretudo, atenção. Que Deus se dê conta de que nos criou e nos distinga da massa. Que Angelina Jolie ou George Clooney nos sorriam. Que, pelo menos uma vez, o nosso nome venha no jornal. Se na rua houver incêndio, seja a nós e não ao vizinho, que a menina da TV pergunte como aconteceu. Que o presidente nos venha apertar a mão. Que nos tirem da fila, nos sorriam, nos escolham, que por um instante que seja nos libertem do medo de que, grãos de areia, nada nos distingue, ninguém nos vê.