Que tenha entrado neste blogue porque quis, ou simples acaso, agradeço-lho de igual modo. Sabe porquê? Pelas ilusões que me dá.
Mulher ou homem a começar a vida, na meia idade ou com um pé na cova, imagino-lhe um aspecto físico e cubro-a/o de virtudes. Empresto-lhe também umas quantas qualidades que aprecio no meu semelhante, sobretudo aquelas que em mim escasseiam.
Vive você em Penamacor, Torres Vedras, Manaus, na Ilha do Sal? Em Cascais? Na Noruega? Que isso não obste. A imagem que de si faço é dinâmica, culta, bem humorada e saudável, cosmopolita. Claro que tem um pendor artístico, gosta de Mahler, possui um refinado humor, valoriza a nuance e o subentendido, leu mais que o bastante. Em certas ocasiões franze o sobrolho com aquilo que escrevo, mas não mo leva a mal, antes pelo contrário, pois pertence ao número dos civilizados que compreendem e aceitam a diversidade dos pontos de vista. De longe a longe sorri comigo.
Anónimo ou quase, silencioso, invisível, presente e contudo distante, você é o perfeito interlocutor e a melhor das companhias.