Para a desculpa e a reconciliação
muitas vezes bastaria um passo, mas é esse que custa a dar e a memória não ajuda, em lugar de acudir trabalha venenosamente contra,
engrossa, aumenta, exagera, envenena, faz de ministério público, recusa as
atenuantes. Então já não é um mês que passou, mas um ano, depois quatro, cinco
de porquês sem resposta nem explicações, constantemente a repisar a visão dessa hora,
desbobinando o filme com desejo de dar o passo e ao mesmo tempo o pé no travão.