Com o ano a chegar ao fim lá vem
o ritual dos “melhores livros” que as pessoas importantes leram e, digo-o sem
ironia nem malícia, sempre me causa espanto a alta qualidade das listas e não
escapo a uma grossa ponta de inveja, pois aquilo são títulos de que nunca ouvi
falar, ou então obras de tão elevado gabarito que só poucos lhe conseguem meter
os dentes.
Para meu mal, nada do que este
ano li entra nos “melhores livros”, se bem me lembro foi um ano de leituras
repetidas e cubro com o manto de misericórdia aqueles livros anunciados como “
obra superior, espectacular” e de que depois tenho pena de não ter dado a uma
obra de caridade os euros que me custaram.