"Nas últimas décadas ocorreu no Ocidente uma revolução político-social,
ocultada pelos politólogos, que explica a actual radicalização, oposta à
do século XX. Hoje a burguesia é de "esquerda". Abandonou os
trabalhadores e os desfavorecidos – adeus, tempos áureos da
social-democracia e do socialismo democrático. A partir de Tony Blair, a
‘esquerda’ conluiou-se com o grande capital, as empresas gigantes,
aderiu à globalização sem freios, favoreceu a nova burguesia dos
serviços nas grandes cidades, desprotegeu a economia local e nacional. O
‘neoliberalismo’ foi, em parte, obra da ‘esquerda’. Ficou sem causas
sociais, impôs as ‘fracturantes’ (do seu eleitorado burguês), que dizem
zero aos pobres e desfavorecidos. A agenda ‘fracturante’ do BE
exemplifica esta burguesia que nada tem a dar ao povo."
O texto integral de Eduardo Cintra Torres no Correio da Manhã pode ser lido aqui.
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