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Quando me descuido recordo um ou
outro daqueles que atravessaram a minha vida, tudo mesuras, cumprimentos, elogios, simpatia,
atenções, depois por razões suas dão uma guinada na “amizade”, uns escondem-se,
outros desaparecem, alguns tornam-se rabiosos e tomam-se dum ressentimento que iguala
pela negativa a admiração e os rapapés de antigamente.
É a vida, claro, mas por certo melhor
e mais do que muitos posso dizer que ao longo dos meus longos anos me coube uma porção de gente desse género, que
felizmente desapareceu do meu dia-a-dia, mas às vezes por coisas de nada me vem
a recordação de como eram e no que se tornaram.
Dão pena, mas não têm conserto,
viverão sempre na ansiedade de se manterem do lado donde sopra o vento.