Tradução de excerptos do artigo no fim da página, intitulado: Os objectivos do clima são cada vez mais inatingíveis.
“Semanas atrás a organização
ambiental das Nações Unidas publicou um Emissions Gap Report, no qual se
lê que o rápido crescimento da energia ‘sustentável’ não é suficiente para
acompanhar o crescimento mundial do uso de energia.
Desde 1990 a Alemanha multiplicou
oito vezes o número das fontes de energia renovável, mas as emissões de CO2
quase não diminuíram.
Os planos do governo holandês
para em 2050 ter diminuído as emissões em 95% nem de longe é alcançável. Para tal
seria necessário que os painéis solares cobrissem uma superfície igual à da
província de Utrecht e que as eólicas ocupassem um terço do Mar do Norte. E
isso não vai acontecer.
Querendo os Países Baixos
alcançar em 2050 o paraíso da isenção da energia fóssil, terá de se abrir cada
quinze meses uma central nuclear do tamanho da Hinckley Point C. O que também
não vai acontecer.
Nos países ricos quase não
conseguimos diminuir as emissões, como poderá fazê-lo um país como a Índia,
onde ainda hoje 350 milhões de pessoas não têm acesso à electricidade?
Parece que não há um governante
que tenha coragem para dizer que não importa quantas centenas de biliões
atirarmos para o poço sem fundo dos painéis solares, das eólicas e da biomassa,
pois não funciona. Pensemos então noutras soluções. Dê-se às universidades uma
parte desses 1.000 biliões para que se descubram novas soluções. O tório, a
fusão nuclear ou qualquer outra.
Em todo o caso terá de se afastar o horizonte. O fim da energia fóssil em 2050 não vai
acontecer. Atingi-lo em 2100 já seria para admirar.”