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Às centenas de milhar de jovens, menos
jovens e anciãos aspirantes à fama literária, que gastam horas, noites, a
caboucar os alicerces da opera magna,
recomendo que leiam pausadamente o texto de António Guerreiro com o título
acima, que se encontra na página 36 do Ipsilon
da passada sexta-feira.
Porque é como lá se diz: a escrita em si, só
de viés entra no assunto. Conta a apresentação e o funcionamento, a maneira de
estar, participar, agir com acerto.
Na Feira do Livro de Frankfurt, muitos anos
atrás, quando ainda me afligiam uns restos de inocência, colegas de várias
nacionalidades vi eu a desfilar num catwalk
perante um gargalhante público de editores e agentes. Disse então alguém que pareciam manequins, mas a
mim, que sou do antigamente, lembravam mas é as putas da casa de passe na Rua da
Glória, Lisboa, quando Madame
Blanche, ao ver entrar um freguês, batia nas mãos e gritava “Meninas! À sala!” Busca você fama e proveito? Deixe as letras em paz, pare com as histórias. Mude rumo e vá estudar teatro.