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O semanário Elsevier escolheu o primeiro-ministro Mark Rutte (44) como "Holandês do Ano".Em funções desde Outubro de 2010, tem dado boa conta do recado, trouxe o que se chama uma lufada de ar fresco aos mores políticos, mesmo os seus adversários lhe reconhecem as qualidades.
Contudo, a razão porque aparece aqui nada tem a ver com simpatia, ou apreço pelas suas qualidades de estadista, sim com certa atitude e um modo pouco corrente de estar na sociedade.
Há anos que Mark Rutte, voluntariamente, dá às quintas-feiras duas horas de aula de Ciências Sociais num secundário de Haia. A sua nomeação para chefe do governo não alterou essa rotina e, para surpresa de muitos, mesmo se volta de uma conferência em Bruxelas às três da madrugada, o que é frequente, das oito às dez da manhã não falta à aula.
Fosse eu dado a elogios, poderia isto cheirar a hagiografia, felizmente não conheço o homem nem a sua política me encanta. Quis apontar, sim, uma diferença de mentalidade, se bem que de modo algum espere ver muitos estadistas a trocar, por uma modesta docência, as horas prazenteiras dos almoços e jantares de confraternização.