quarta-feira, agosto 18

Desalento

Coisa tramada, o desalento. Chegou cedo, sem anunciar donde vinha, quem o mandava ou por que razão me escolheu. Desde as primeiras horas da manhã envolve-me num bafo de derrota e fadiga, sem forma nem cheiro é presença ausente, talvez sintoma de doença ou expressão do Mal com que as religiões ameaçam. E posso fingir de insensível, prometer a mim mesmo que não vou deixar que o desânimo leve a melhor, mas sei por demais que é fingimento, ele ficará o tempo que quiser.