domingo, janeiro 16

O jugo



(Clique para aumentar)
A julgar pelo que leio, oiço, e está provado, os dois principais candidatos à presidência da República são senhores que, num estado de direito e numa sociedade civilizada, não fariam o que se chama boa figura. Fora isso, por razões conhecidas, teriam igualmente processos em tribunal.
Daí a minha impressão que, neste nosso reino da Dinamarca, não somente há qualquer coisa errada e algo de muito podre a pedir limpeza, mas é urgente atentar também na consciência cívica e na saúde mental dos cidadãos.
Porque custa a compreender que um país inteiro, em vez de exigir uma barrela e se negar a participar na comédia bufa que estas eleições são, vá mansamente depor o seu voto.
Para quê? Com que esperança?
Não somos a Tunísia, violência e revoluções não são comigo, sou visceralmente contra, mas um povo desdenhado e espezinhado pelos senhores que mandam poderia, pelo menos, atentar nas lições de Gandhi e aprender a eficácia da resistência passiva e da não-violência.
Votar neles é aceitar a continuação do jugo que um povo que se respeita deveria sacudir.