quinta-feira, novembro 19

Dia alegre lhe desejo


Com a seca as azeitonas tinham encorrilhado como rugas em pele centenária. Depois choveu, elas incharam, as pessoas falam de ouro caído do céu, linguagem semelhante à que usam na Groenlândia quando no mar sobra o bacalhau.

Eu vejo-as com olhos de quem já não faz colheita. Os galhos da oliveira tocam a janela, hoje ao abri-la dei com estas e alegrou-se-me o amanhecer.

A quem por aqui passa, que as horas a vir lhe sejam também de alegria.