O meu primeiro exemplar de La Nausée de Sartre emprestei-o e ficaram-me com ele. O segundo, na edição do Livre de Poche, comprei-o em Amsterdam no dia 5 de Julho de 1958 - nessa altura mantinha o hábito de rubricar os livros, inscrever a data e o local da compra - por uma soma que ainda se lê numa anotação a lápis, e hoje parece ridícula.
Na contracapa uma opinião reverenciosa: "La nausée, l'une des oeuvres essentielles de la littérature contemporaine."
Com certeza foi, mas reli-a e cheguei a mesma conclusão que em muitas ocasiões tenho tirado : o tempo raramente se condói com a fama.
Repensando, pergunto-me o que terá mudado mais. A importância do livro? O tempo? Eu?
Por certo tudo isso, e mais alguma coisa.