Ainda nunca usei drogas e com o que consumo de álcool ninguém será capaz de se embebedar. Não que eu seja assim por virtude, mas ao primeiro aviso de que me se me tolda a cabeça, o medo de deixar de ser eu próprio pode mais que a curiosidade pelos efeitos do trip ou da bebedeira.
Não é isso que me encartará como moralista e longe de mim condenar quem, levado pelas inúmeras razões que a vida oferece ou a que a vida obriga, se droga e se embebeda. É certo que me falta paciência para ouvir os longos monólogos da carraspana. Também passo de largo pelos que têm o "vinho mau." Mas esses, pelo menos, não me dão pena como os que têm o "vinho cobarde." Deus me livre de um dia procurar na bebida ou na droga a coragem de me assumir.