Houve um tempo em que idealizei a aldeia, que me parecia uma fonte de virtudes, uma fonte de harmonia e paz. Depois veio o tempo em que a odiei, porque se assemelhava a um cárcere, e o meu desejo era um só: fugir.
Com a ausência recomecei a idealizá-la e mais tarde esforcei-me por redescobri-la. Para me embeber do sonho antigo percorri de novo todos os lugares, procurei ouvir de novo o bater do seu coração. Mas finalmente tive de me resignar ao irremediável: ela mudou, eu envelheci, somos ambos personagens secundários num romance histórico que ninguém vai escrever.