segunda-feira, agosto 18

Repetições

Atento e preocupado, um jovem amigo escreve a avisar-me que ando a repetir textos. Pergunta-se ele se é a memória que me falha ou, visto os anos que já por cá ando, não serão achaques de Alzheimer ou Parkinson.
Nada disso, felizmente. Acontece sim, que muitos desses textos apareceram algures – na saudosa Periférica e nos blogs A Oeste Nada de Novo e Os Canhões de Navarone, do meu amigo Rui Ângelo Araújo. Outros apenas foram publicados em neerlandês.
Se fosse questão de comércio, poderia julgar-se que procuro o lucro, seguindo aquele princípio da Economia que aconselha “Move the product!” Mas neste caso a razão é mais simples: trata-se apenas de arrumo, vou pondo aqui o que na casa alheia e na minha andava disperso ou quase perdido.
A repetição tem ainda um outro motivo: entre a média de quarenta visitantes diários deste blog, haverá dois ou três que antes me leram. Esses por certo compreenderão que, para manter a porta aberta e não desapontar quem a ela bate, “sirvo” prosa que para eles é requentada, mas novidade para os mais.