quarta-feira, janeiro 29

"O muro da vergonha"


“Nos últimos 45 anos a população dos EUA subiu de 200 para 360 milhões, um aumento de 80%, e a economia americana conseguiu gerar novos empregos para este extraordinário aumento populacional, o qual foi sobretudo devido aos imigrantes. 

O Muro da Vergonha é a prova de que o capitalismo é o único sistema económico capaz de tirar em massa o homem da miséria, e não aquela lenga-lenga económica que vem da Igreja Católica e que é conhecida pelo nome de Economia de Francisco (cf. aqui e segs.).

Como explicar, então, que a Igreja Católica que tem um amor preferencial pelos pobres, seja tão adversa ao capitalismo e, pelo contrário, defenda regimes económicos socialistas, como a Economia de Francisco, que só contribuem para manter os pobres na pobreza e, às vezes, para os tornar ainda mais pobres? 

A razão é que a cultura católica é uma cultura aristocrática que, para se manter aristocrática, necessitará sempre de uma grande massa da população que ela veja como inferior.

A cultura protestante (calvinista) que fundou os EUA e o capitalismo é uma cultura de religiosidade popular, ao passo que a cultura católica é uma cultura de religiosidade aristocrática. Quem define a relação do homem com Deus no protestantismo é o próprio crente, ao passo que no catolicismo é uma elite da Igreja, para quem o crente é um mero leigo (uma outra versão da pobreza - a do pobre de espírito)

A cultura católica é uma cultura monárquica, aristocrática, hierarquizada, que gosta de títulos, anéis, vestes, cerimónias. A cultura protestante, pelo contrário, é uma cultura democrática, popular, igualitária, que despreza tudo isso. No dia em que a Igreja acabasse com os pobres e tornasse os homens todos iguais, era a própria aristocracia católica que desaparecia. Não existe sociedade aristocrática onde todos sejam iguais. Uma aristocracia necessitará sempre de uma população que lhe seja inferior.

As soluções económicas da Igreja para os pobres - como a Economia de Francisco - visam manter os pobres pobres porque no dia em que os pobres se tornarem ricos acaba a função da aristocracia católica, que é a de olhar de cima para os pobres e cuidar deles, quase sempre com o dinheiro dos outros.

A Igreja Católica nunca acabará com a pobreza. A Igreja Católica vive disso.” AQUI