Começou pela história de um amigo que, vindo de New York, ao chegar a Schiphol deu com a mala arrombada. Informou-se. De facto, se nos aeroportos dos USA os alguazis desconfiam da bagagem, e esta não tem o aloquete aprovado, metem-lhe o pé-de-cabra.
Depois ontem, na compra de um saco, a satisfação do vendedor que, de dedo apontado a enunciar as qualidades do artigo e a solidez do material, terminou por segredar: “Veja aqui! O aloquete autêntico e aprovado pela Transportation Security Agency americana!”
À noite, folheando distraído o jornal: “No Reino Unido estão instalados para cima de quatro milhões e meio de câmaras de segurança.”
Eles arrombam-nos as malas, espiam-nos os passos, escutam as conversas, violam a correspondência, riem-se dos quixotes que querem – exigem! – que se garanta a privacidade do cidadão.
Garantidos e aprovados pela lei são os aloquetes.