segunda-feira, junho 27

Boa-tarde

  

Boa-tarde para si, que encontrando a porta aberta decidiu entrar. Ainda bem, pois para descanso do seu espírito, não se pode dar conta da perplexidade que me toma - de facto preocupação - ao saber-me no papel de visitado e, como se estivesse numa enfermaria em estado comatoso, nada ter para dizer à visita.

Inventar casos? Espremer um pouco mais de sumo pseudo-filosófico? Fingir que tenho anedotas para contar? Histórias sensacionais? Cenas bizarras? Queixar-me da choldra?

Pudesse eu. Despeça-se, antes que este nevoeiro se lhe pegue.