O código de barras começou a ser usado nas embalagens comerciais por volta de 1966 e a primeira vez que o vi foi num pacote de uvas passas importado da Califórnia. A recordação continua vívida devido ao facto de que, querendo saber o que aquilo era, o caixeiro foi terminante:
- É uma coisa nova, para dizer que vem da América.
Com o botãozinho de plástico que se vê nos pacotes de café de boa qualidade tive menos sorte. Perguntei aqui e ali, em lojas, a gente que pelas minhas contas devia saber. Uns encolhiam os ombros, nunca tinham reparado, um mais destemido jurava que era para manter o vácuo, um outro afirmava que era uma espécie de soldagem.
Finalmente encontrei a boa fonte, e essa explicou que, chegando o nariz ao botão e apertando a embalagem, o interessado pode aspirar o aroma do conteúdo.
Se de facto é isso e não tem mais vantagem, parece-me invenção tola. Haverá quem ande pelas prateleiras do supermercado a apertar os pacotes de café, para distinguir as subtilezas dum Arábica, dum Kivu ou dum Guatemala? Não será preferível levá-lo para casa e ligar a máquina ou pôr a cafeteira ao lume?
Fora com o botãozinho!