domingo, janeiro 13

Solução para a crise

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Com sentido de humor, Gerry List, jornalista da minha simpatia, descreve uma visita à Tate Modern, e como se viu numa sala cheia de borboletas a esvoaçar entre os visitantes. Explicava o catálogo que Damien Hirst, o artista que expunha, queria simbolizar assim "a fragilidade da existência".
Gerry List também suporta mal música de órgão, filmes falados em Sueco ou Dinamarquês, arte abstracta – "Não posso compreender que alguém diga que sente a sua vida enriquecida ao observar um quadro que é apenas uma superfície branca onde aparece um ponto negro. Untitled. IV , elucida um cartãozinho."  Barafusta ele ainda contra um enorme calhau intitulado Solidariedade, e a obra Holocausto: quatro cordas de roupa a secar.
Remata afirmando: "Tomar posição contra o subsídio da arte moderna pode ser visto como uma forma baratucha de populismo. Em democracia, porém, isso quase sempre é de preferir  acima do dispendioso e esbanjador elitismo."
Concordo por inteiro, com uma ressalva: a dos filmes falados em Dinamarquês. Neste caso Borgen, uma série que passa aqui na televisão, mas está à venda em dvd, com subtítulos.
Série política espectacular, excepcional, das que deixa de boca aberta.
Vi e pus-me a sonhar: Sidse Babbet Knudsen como primeiro-ministro, e aquela gente, incluindo os maus da fita, a fazer o que deve fazer, e o para que é paga, o querido e abalado Portugal saía da crise em dois tempos.