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Bergen para os flamengos, Mons para os valões. Logo depois de Lille. O Borinage de tristes memórias de miséria e fome. Avistei-os pela primeira vez da janela do comboio, em Março de 56. Eram muitos, colossais, estranhamente negros, aqueles montes formados pelo que os mineiros tinham escavado de mistura com o carvão. Lugares da miséria que Zola magistralmente descreveu em Germinal.
Muitas décadas depois, as minas fechadas, arrasaram-nos e deixaram este em homenagem aos que ali trabalharam como escravos. Estranho monumento.
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